Clubes participantes da Superliga C de vôlei feminino apresentaram um ofício à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) solicitando a punição do Flamengo, que conquistou o acesso à Superliga B após vencer a competição na região Sudeste. Vôlei Louveira e Realizar Santos Fupes alegaram que o time carioca escalou irregularmente duas jogadoras, nascidas após 2004, contrariando as normas do torneio que restringem a participação de atletas acima de 20 anos em clubes do mesmo grupo. A polêmica gira em torno da interpretação das regras da CBV sobre a identidade jurídica do Flamengo e do Rio de Janeiro Vôlei Clube, que têm CNPJs distintos, mas operam sob a mesma administração.
A CBV defendeu que, para seus critérios, os dois clubes são entidades independentes, sem influência mútua, e, portanto, não violariam as regras do torneio. Contudo, as equipes alegam que existe uma administração compartilhada, com uniformes e atletas em comum, o que contraria o regulamento que determina a participação de jogadores sub-21 em competições interligadas. O artigo 39 do regulamento estabelece que o clube que inscrever atletas irregulares será penalizado, o que aumenta a pressão sobre a CBV para que investigue a situação.
O campeonato, realizado de 7 a 12 de outubro, contou com a participação de 63 equipes de todo o Brasil, sendo apenas um time por região autorizado a ascender à Superliga B. Embora o Flamengo tenha triunfado em suas partidas e garantido o título, a disputa agora se concentra em investigar as denúncias e assegurar que as diretrizes do torneio sejam respeitadas. Vôlei Louveira e Realizar Santos Fupes anexaram provas e solicitaram formalmente à CBV a tomada de ações apropriadas, enquanto outros clubes, embora não tenham feito denúncias formais, apoiam a iniciativa.