A Polícia Civil de Santos, São Paulo, desmantelou uma clínica de estética que funcionava como uma casa de prostituição e sadomasoquismo, após uma denúncia anônima. No local, foram encontrados instrumentos utilizados em práticas de BDSM, além de drogas e bebidas alcoólicas. A proprietária, uma mulher de 52 anos, foi detida após confessar ganhar dinheiro com a exploração sexual, mas foi liberada após pagar fiança de R$ 2,8 mil. O caso levanta questões sobre a legalidade de práticas sexuais consensuais e a linha que separa a exploração da liberdade sexual.
O termo BDSM, que significa Bondage, Disciplina, Sadismo e Masoquismo, é utilizado para descrever práticas eróticas consensuais entre adultos. Especialistas na área, como psicólogos e terapeutas sexuais, destacam que essas atividades não são problemáticas quando envolvem consentimento e limites acordados entre os participantes. Contudo, a exploração sexual, como foi constatado na clínica, é considerada crime, conforme definido pelo Código Penal. A prática ganhou maior visibilidade na sociedade contemporânea, especialmente após o lançamento de obras literárias que abordam o tema.
A delegada responsável pelo caso ressaltou que a prostituição em si não é crime, mas explorar essa prática para obter lucro é penalizado pela lei. A proprietária está sendo investigada por rufianismo, que envolve lucrar com a prostituição de outrem. A pena prevista varia de um a quatro anos de prisão, podendo aumentar em circunstâncias que envolvam violência ou exploração de vulnerabilidades. O caso reflete as complexidades legais e sociais que envolvem a sexualidade e a exploração no Brasil, gerando debates sobre direitos, consentimento e a natureza das relações sexuais.