Cinco homens que foram erroneamente condenados por um crime em 1989 no Central Park, nos Estados Unidos, apresentaram uma ação judicial em um tribunal federal contra o ex-presidente Donald Trump. Os homens, conhecidos coletivamente como Cinco do Central Park, alegam que os comentários feitos por Trump durante um debate presidencial em setembro foram falsos e prejudiciais à sua reputação. Durante o debate, Trump afirmou que muitas pessoas, incluindo o ex-prefeito da cidade, apoiavam sua opinião sobre o caso, alegando que os acusados haviam admitido culpa, o que não corresponde à verdade.
Os Cinco do Central Park, que passaram anos lutando para limpar seus nomes após serem inocentados, consideram os comentários de Trump como uma nova forma de ataque a sua imagem e à luta pela justiça. A ação judicial destaca a persistente luta dos indivíduos para recuperar sua dignidade e a necessidade de responsabilização em casos de difamação. O caso se insere em um contexto mais amplo de debates sobre verdade e justiça na esfera pública, especialmente em relação a questões raciais e de injustiça penal.
A campanha de Trump respondeu à ação chamando-a de um “processo frívolo” motivado por ativistas de esquerda. O diretor de comunicações da campanha, Steven Cheung, argumentou que a ação é uma tentativa de desviar a atenção do público americano de questões políticas e da agenda de seus oponentes. A disputa ressalta a polarização atual nos Estados Unidos, onde as narrativas sobre justiça e culpa continuam a ser fontes de intensa controvérsia e debate público.