Cientistas espanhóis anunciarão, no sábado (12), os resultados de uma análise de DNA que busca esclarecer a nacionalidade do explorador Cristóvão Colombo, uma figura central nas expedições que levaram à conquista europeia das Américas no século 15. Tradicionalmente considerado natural de Gênova, na Itália, a origem de Colombo tem sido debatida, com teorias sugerindo ascendência judaica, grega, basca ou portuguesa. A pesquisa, liderada pelo especialista forense Miguel Lorente, envolveu a comparação de amostras de restos mortais encontrados na Catedral de Sevilha com as de parentes conhecidos do explorador.
As conclusões preliminares indicam que as descobertas corroboram a teoria de que os restos mortais em Sevilha pertencem a Colombo. Lorente, que compartilhou detalhes sobre a pesquisa em coletiva de imprensa, ressaltou que, embora os resultados sejam confiáveis, a complexidade da análise, que envolveu uma quantidade significativa de dados, dificultou a pesquisa. Ele também apontou que, com novas tecnologias, a identificação dos restos foi confirmada, dissipando dúvidas anteriores.
Colombo faleceu em Valladolid, na Espanha, em 1506, e desejava ser enterrado na ilha de Hispaniola, atual República Dominicana e Haiti. Seus restos foram transferidos para Cuba e, posteriormente, para Sevilha, em 1898. Contudo, em 1877, um caixão de chumbo foi descoberto na República Dominicana, levando a reivindicações sobre a autenticidade dos restos mortais encontrados lá. Lorente sugere que ambos os conjuntos de ossos poderiam ser verdadeiros, já que ambos estão incompletos, acrescentando uma nova camada ao debate sobre a história do explorador.