Um novo estudo sugere que o asteroide que atingiu a Terra há 66 milhões de anos, responsável pela extinção dos dinossauros, não estava sozinho. Além do impacto principal, uma segunda rocha espacial, menor, teria colidido com o fundo do mar na costa da África Ocidental, criando uma grande cratera chamada Nadir. Essa segunda colisão teria desencadeado um tsunami com ondas de pelo menos 800 metros, contribuindo para um evento catastrófico que afetou drasticamente o ambiente da época.
Os cientistas, liderados por Uisdean Nicholson, descobriram que a cratera Nadir, com 9 quilômetros de diâmetro, foi formada por um asteroide de aproximadamente 500 metros, que atingiu a Terra a cerca de 72 mil km/h. Embora ainda não seja possível datar exatamente o evento ou determinar sua relação temporal com o impacto que criou a cratera Chicxulub no México, os pesquisadores concordam que ambos ocorreram no final do período Cretáceo. A colisão do asteroide menor teria gerado uma bola de fogo colossal, capaz de incendiar vegetação a distâncias significativas.
A cratera Nadir é uma das poucas bem preservadas, permitindo que os cientistas analisem os níveis rochosos internos com detalhes sem precedentes. Este estudo é fundamental para a compreensão dos impactos de asteroides em nosso planeta e dos eventos que moldaram a extinção em massa no final do Cretáceo. Com apenas 20 crateras marinhas conhecidas no mundo, a Nadir se destaca como um importante foco de pesquisa para entender melhor os impactos passados e os riscos futuros associados a objetos espaciais.