Nos últimos anos, diversas atrações turísticas, hotéis e cidades têm se empenhado em atender às necessidades de visitantes neurodivergentes, especialmente aqueles do espectro autista. Viajar pode ser um desafio para essas pessoas devido a fatores como longas filas, ambientes barulhentos e mudanças inesperadas na rotina. No entanto, quando suas necessidades são consideradas, a experiência de viagem pode ser extremamente gratificante, ampliando suas habilidades sociais e autoconsciência.
Organizações como o Comitê Internacional de Credenciamento e Padrões de Educação Continuada (IBCCES) têm desempenhado um papel crucial ao oferecer treinamentos para empresas do setor de turismo, ajudando-as a se tornarem mais acessíveis para visitantes autistas. Atualmente, mais de 300 empresas possuem certificação como Centros Certificados de Autismo, além de destinos que passaram por rigorosos processos de treinamento. Cidades como Traverse City, em Michigan, e Mesa, no Arizona, exemplificam essa tendência, implementando iniciativas que visam criar ambientes acolhedores para todos.
A certificação de cidades e destinos não só aumenta a conscientização sobre o autismo, mas também promove um sentimento de orgulho nas comunidades locais. O projeto em Mesa, iniciado por experiências pessoais de seus líderes, resultou na criação de um passaporte que lista todos os centros certificados, além de guias sensoriais para os visitantes. À medida que mais destinos adotam essas práticas inclusivas, a esperança é que essa tendência se consolide como uma nova norma na hospitalidade e no turismo.