Ciclones extratropicais, sistemas de baixa pressão atmosférica que causam fenômenos meteorológicos adversos, estão se tornando mais comuns no Brasil, especialmente na Região Sul. Esses ciclones se formam em latitudes médias, impulsionados pelo contraste entre massas de ar quente e fria, e têm a capacidade de puxar ar úmido da superfície, gerando nuvens e chuvas. Apesar de serem uma ocorrência normal nessa época do ano, a intensificação de eventos extremos como esses está relacionada às mudanças climáticas, que têm alterado padrões meteorológicos e aumentado a frequência de fenômenos climáticos extremos.
O aumento da temperatura global, ligado ao fenômeno El Niño, é um dos fatores que contribuem para a formação mais frequente de ciclones extratropicais. Especialistas indicam que essas alterações climáticas não apenas intensificam a ocorrência de ciclones, mas também provocam uma variedade de outros eventos extremos, como chuvas intensas, secas e ondas de calor. Essa tendência representa um desafio significativo, expondo milhões de pessoas a riscos relacionados à segurança alimentar e hídrica.
Frente a essa nova realidade climática, é essencial que sejam desenvolvidas estratégias para mitigar os impactos dos ciclones e outros eventos extremos. Isso inclui a implementação de projetos de infraestrutura, como barragens marítimas e ações de preparação para temporais mais severos. A comunidade científica alerta que é urgente a adoção de soluções efetivas para reduzir a vulnerabilidade da população diante das crises climáticas que se intensificam a cada ano.