As fortes chuvas que atingiram a Grande São Paulo na sexta-feira, 11, deixaram 1,6 milhão de imóveis sem energia elétrica, afetando a campanha eleitoral para a Prefeitura da capital paulista. O candidato ao segundo turno, Guilherme Boulos (PSOL), criticou o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) pela falta de planejamento e pela terceirização de responsabilidades em relação aos danos causados pelo temporal. Enquanto Boulos visitou áreas afetadas pela falta de luz, Nunes esteve na central de monitoramento do programa Smart Sampa e acompanhou as operações de restauração da energia pela concessionária Enel.
O prefeito Nunes atribuiu a responsabilidade pelo atraso na recuperação da energia à Enel, que enfrenta dificuldades para atender os chamados devido à necessidade de desligar a rede elétrica antes de retirar árvores danificadas. Boulos, por sua vez, argumentou que a crise energética evidencia a falta de ações efetivas de Nunes na gestão municipal, afirmando que São Paulo precisa de um prefeito que atue proativamente. Nunes rebatou as críticas de Boulos, sugerindo que ele estava explorando a situação para obter vantagens políticas.
A situação criada pelas chuvas pode impactar diretamente a corrida eleitoral. Especialistas em ciência política afirmam que a forma como Nunes gerenciar a crise será crucial para sua imagem diante do eleitorado. A resposta do prefeito à situação pode ser vista como um teste durante o processo eleitoral, e a maneira como ambos os candidatos posicionarem suas campanhas em relação aos problemas causados pelas chuvas poderá influenciar o resultado das eleições.