No dia 21 de outubro, a China anunciou cortes nas taxas referenciais de empréstimo como parte de um pacote de estímulo econômico. A taxa primária de empréstimo de um ano (LPR) foi reduzida em 25 pontos-base, passando de 3,35% para 3,10%, enquanto a LPR de cinco anos também foi cortada pela mesma margem, de 3,85% para 3,60%. Essas medidas seguem reduções anteriores em setembro, que incluíram cortes na taxa de compulsório dos bancos, indicando um movimento agressivo para revitalizar a economia após desafios significativos, especialmente no setor imobiliário.
O presidente do Banco do Povo da China, Pan Gongsheng, havia antecipado essa redução das taxas em um fórum financeiro. Os cortes visam estimular tanto o consumo quanto o mercado imobiliário, que apresentou uma queda acentuada de mais de 10% nos primeiros nove meses do ano. Apesar disso, dados recentes indicaram um leve crescimento econômico no terceiro trimestre, com aumentos nas vendas no varejo e na produção industrial em setembro. As autoridades expressaram otimismo em alcançar a meta de crescimento do governo de aproximadamente 5% para o ano.
Com a maioria dos empréstimos na China atrelados à LPR de um ano, e a taxa de cinco anos influenciando o custo das hipotecas, as mudanças nas taxas são vistas como essenciais para o estímulo do setor. Além das reduções nas taxas de juros, as autoridades sinalizaram a possibilidade de um novo corte na taxa de compulsório até o final do ano, reforçando o compromisso com medidas que promovam a recuperação econômica do país.