O governo chinês planeja levantar cerca de 6 trilhões de yuans (aproximadamente 850 bilhões de dólares) por meio da emissão de títulos especiais do Tesouro ao longo de três anos, com o objetivo de estimular sua economia em desaceleração. Essa informação foi divulgada pela mídia local após declarações do ministro das Finanças, que indicou um aumento significativo na dívida do país. No entanto, a falta de detalhes específicos sobre o cronograma e o montante das novas medidas fiscais gerou decepção entre investidores, que esperavam informações mais concretas.
Apesar de um aumento inicial no otimismo do mercado de ações, impulsionado por notícias de estímulos econômicos, os índices de ações chineses recuaram em seguida. O mercado financeiro tem especulado intensamente sobre a magnitude do pacote fiscal, especialmente após a divulgação de dados econômicos recentes que indicam um desempenho abaixo das expectativas, como a balança comercial e novos empréstimos, aumentando a preocupação em relação ao cumprimento da meta de crescimento de 5% para este ano.
As medidas de estímulo incluem, em parte, o suporte a governos locais para ajudá-los a lidar com dívidas não contabilizadas. Especialistas acreditam que a nova emissão de títulos pode aumentar significativamente a probabilidade de a China atingir uma taxa de crescimento sustentável nos próximos anos, mas alertam que a fragilidade do setor imobiliário e os elevados níveis de endividamento dos governos locais podem limitar a eficácia dessas ações. O Fundo Monetário Internacional estima que a dívida pública geral da China chega a 116% do PIB, refletindo a complexidade da situação econômica atual.