Na quarta-feira, a China enviou três astronautas para sua estação espacial permanente, com o objetivo de conduzir uma série de experimentos científicos, incluindo estudos sobre a construção de habitats humanos. A missão, realizada pela espaçonave Shenzhou-19, partiu do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan e está prevista para realizar 86 experimentos nas áreas de ciências da vida, física em microgravidade, medicina e novas tecnologias. Um dos experimentos notáveis envolve a exposição de tijolos feitos de solo lunar simulado às condições do espaço, visando sua utilização em futuras construções lunares.
Os voos tripulados da Shenzhou têm sido regulares nas últimas duas décadas, especialmente desde a conclusão da estação espacial Tiangong em novembro de 2022. As missões atuais consistem em trios de astronautas, com estadias de seis meses e períodos de sobreposição entre as tripulações. A equipe da Shenzhou-19, que inclui dois astronautas estreantes, está programada para retornar à Terra em abril ou maio do próximo ano. O líder da missão já participou de uma missão anterior, contribuindo para a construção da estação espacial.
O programa espacial da China tem avançado rapidamente, atraindo a atenção global, especialmente dos Estados Unidos, que enfrentam desafios em seus próprios voos espaciais. Em resposta a esses desafios, a Agência Espacial Tripulada da China implementou melhorias contínuas em seus planos de emergência para proteger os astronautas de possíveis incidentes, como danos causados por detritos espaciais. A Shenzhou-20 está pronta para uma possível missão de resgate, se necessário, demonstrando a preparação da China para missões futuras no espaço.