O Ministério da Defesa da China anunciou a realização de exercícios militares, chamados Espada Conjunta 2024B, nas proximidades de Taiwan, mobilizando aviões e navios com o intuito de avaliar a capacidade operacional conjunta das suas forças armadas. A resposta de Taiwan foi de forte crítica à ação chinesa, considerando-a provocadora e reafirmando seu compromisso com a proteção da liberdade e democracia da ilha. As operações estão centradas em áreas estratégicas, focando em vigilância aérea e marítima, além de bloqueios de portos e possíveis ataques a alvos no mar e em terra.
Em meio a esse contexto, Antony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos, alertou a China sobre os riscos de provocações contra Taiwan, especialmente após declarações do presidente taiwanês sobre a resistência à anexação chinesa. A China tem intensificado suas atividades militares na região, com frequentes incursões de aviões de guerra e uma presença naval constante, incluindo a recente detecção de um porta-aviões chinês próximo ao canal de Bashi. O Ministério da Defesa de Taiwan assegurou que suas forças estão preparadas para garantir a segurança nacional diante das crescentes tensões.
A relação entre China e Taiwan é complexa e histórica, originada na guerra civil de 1949, quando os nacionalistas se refugiaram em Taiwan após a derrota para os comunistas. O Partido Progressista Democrático, atualmente no poder em Taiwan, defende a soberania da ilha, que conta com um governo e forças armadas independentes, enquanto a China busca isolar Taiwan no cenário internacional. As atuais tensões refletem esse conflito histórico e a luta pela autonomia da ilha frente às aspirações chinesas.