O governo da China anunciou que aumentará a emissão de dívida pública para oferecer subsídios a pessoas de baixos rendimentos, apoiar o mercado imobiliário e reabastecer o capital dos bancos estatais, com o objetivo de reanimar o crescimento econômico. Apesar da falta de detalhes sobre a magnitude do estímulo fiscal, o ministro das Finanças, Lan Foan, destacou que há espaço para aumentar o déficit fiscal, uma vez que a segunda maior economia do mundo enfrenta pressões deflacionárias e uma desaceleração do mercado imobiliário.
Dados recentes indicam que a meta de crescimento de aproximadamente 5% para este ano está em risco, devido a uma série de indicadores econômicos abaixo das expectativas. O presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma expressou confiança em que as metas serão cumpridas, mesmo diante da expectativa de novos dados que devem refletir fraqueza na economia. O mercado financeiro global tem especulado sobre as medidas de estímulo, especialmente após uma reunião do Politburo que demonstrou um senso de urgência frente aos desafios econômicos.
Além do estímulo fiscal, o banco central chinês implementou medidas de suporte monetário, incluindo cortes nas taxas de hipoteca, visando aliviar a crise no setor imobiliário. No entanto, especialistas alertam que, para uma recuperação sustentável, a China precisa enfrentar problemas estruturais, como aumentar o consumo e reduzir a dependência de investimentos em infraestrutura. Os dados sobre o emprego e os salários também revelam desafios significativos, com uma queda nos salários médios nas principais cidades do país e um alto índice de desemprego entre os jovens, o que limita os gastos das famílias e pode prejudicar a recuperação econômica.