No último sábado, a China revelou planos para aumentar significativamente seu endividamento com o objetivo de reanimar a economia. O ministro das Finanças, Lan Foan, destacou diversas iniciativas, como apoio a governos locais com problemas de endividamento, subsídios para famílias de baixa renda, suporte ao mercado imobiliário e reabastecimento de capital dos bancos estatais. Apesar do compromisso de ajudar a economia, a falta de informações específicas sobre o valor do pacote de estímulo deixou investidores ansiosos por um plano de políticas mais claro, especialmente em vista da próxima reunião do Legislativo chinês, onde emissões de dívida serão aprovadas.
As expectativas de um grande estímulo fiscal não se concretizaram, o que gerou frustração entre os investidores. A economia chinesa enfrenta desafios significativos, incluindo pressões deflacionárias e uma queda acentuada no mercado imobiliário. Com dados econômicos recentes mostrando fraqueza, economistas expressam preocupações sobre a meta de crescimento de aproximadamente 5% para este ano, sugerindo que uma desaceleração estrutural de longo prazo pode estar em curso. Enquanto isso, novos estímulos fiscais se tornaram um tópico de intensa especulação nos mercados financeiros globais.
Além de um potencial pacote de 2 trilhões de iuanes em títulos soberanos, que ajudaria a resolver questões de endividamento e subsidiaria a compra de bens, também se considera a injeção de até 1 trilhão de iuanes nos maiores bancos estatais. Embora as recentes medidas monetárias do banco central tenham aumentado a confiança do mercado, analistas ressaltam que é crucial que as autoridades abordem questões estruturais mais profundas, como a necessidade de impulsionar o consumo e reduzir a dependência de investimentos em infraestrutura.