O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, solicitou um cessar-fogo imediato e a plena implementação da Resolução 1701 da ONU, que encerrou a guerra entre Israel e o Hezbollah em 2006. Durante uma conferência em Paris, Mikati defendeu o envio de 8.000 soldados libaneses para a região ao longo da fronteira com Israel, destacando a necessidade de uma presença militar reforçada para garantir a segurança e a estabilidade da área. Ele também mencionou que as forças israelenses atacaram soldados libaneses em várias ocasiões, resultando em mortos e feridos, e reiterou a importância do cumprimento das disposições da resolução.
A Resolução 1701 determinou a retirada do Hezbollah e das forças israelenses do sul do Líbano, permitindo que o exército libanês e os soldados da paz da ONU controlassem a região. No entanto, Israel alega que o Hezbollah não cumpriu a resolução, tendo construído infraestruturas militares na fronteira, enquanto o Líbano acusa Israel de desrespeitar outras cláusulas, incluindo a violação do espaço aéreo. O exército libanês, que conta com cerca de 80 mil tropas, possui apenas 5 mil destacadas no sul, tornando sua capacidade de controlar a situação complexa.
Representando o exército, o general brigadeiro Youssef Haddad informou que o Líbano está recrutando 1.500 soldados adicionais para apoiar a implementação da resolução da ONU. O Hezbollah, por sua vez, possui um contingente de dezenas de milhares de combatentes, e as forças armadas libanesas enfrentam desafios significativos para impor sua autoridade sobre o grupo militante ou resistir a uma invasão israelense. A conferência em Paris reflete a crescente preocupação internacional com a situação de segurança no Líbano e as tensões persistentes na região.