O 33º Censo da População Infantojuvenil Acolhida no Estado do Rio de Janeiro, divulgado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, indica uma redução significativa no tempo médio de acolhimento. Atualmente, 74% das crianças e adolescentes estão em acolhimento por menos de um ano e seis meses, um aumento em relação aos 58% registrados em 2020. O total de acolhidos também caiu quase 60% desde 2007, refletindo uma tendência positiva nas reintegrações familiares e adoções.
Os dados revelam que os principais motivos para o acolhimento incluem negligência, abandono e abusos físicos ou psicológicos. Além disso, foi observado um crescimento no número de ações judiciais em favor dos acolhidos, com 64% atualmente possuindo processos para garantir seus direitos. Esse aumento contrasta com censos anteriores, onde mais de 60% das crianças não tinham ações propostas, destacando um avanço na proteção jurídica.
O censo também enfatiza a necessidade de promover adoções tardias, uma vez que a maioria dos acolhidos aptos à adoção tem mais de sete anos. O novo sistema MCA 2.0, apresentado durante o evento de lançamento, visa aprimorar a coleta e a análise de dados sobre a situação das crianças e adolescentes afastados de suas famílias, facilitando assim a atuação das redes de proteção. As autoridades destacam que o acolhimento deve ser uma medida excepcional e temporária, priorizando a reintegração familiar sempre que possível.