O Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a responsabilidade pelas unidades domésticas no Brasil se distribui de forma quase equitativa entre homens (50,9%) e mulheres (49,1%). Essa mudança é notável em relação a 2010, quando os homens representavam 61,3% dos responsáveis. Além disso, o estudo revela que em dez estados brasileiros, a proporção de mulheres nessa posição ultrapassa os 50%, destacando a crescente participação feminina na dinâmica familiar.
O censo também apontou um aumento no número de unidades domésticas unipessoais, que passou de 12,2% em 2010 para 18,9% em 2022. Essa mudança reflete alterações nos arranjos familiares e um envelhecimento da população, com os idosos, especialmente, formando mais lares sozinhos. As unidades nucleares ainda são predominantes, mas a composição familiar está se diversificando, com um aumento nas famílias compostas por casais do mesmo sexo, que atingiram 0,54% do total.
Além disso, a pesquisa revelou pela primeira vez que a proporção de responsáveis pardos (43,8%) supera a de brancos (43,5%) entre as unidades domésticas. Essas transformações nas estruturas familiares e raciais refletem as mudanças sociais em curso no Brasil, revelando um panorama mais inclusivo e diverso, que é fundamental para compreender as dinâmicas sociais e demográficas do país.