O Censo 2022 do IBGE mostrou um aumento significativo no número de brasileiros que vivem sozinhos e na proporção de casais sem filhos. A quantidade de domicílios unipessoais cresceu de 12,2% em 2010 para 18,9% em 2022. Essa mudança é acompanhada por um aumento na escolha de casais que optam por não ter filhos, que subiu de 16,1% para 20,2%. Esses dados refletem uma transformação nas dinâmicas familiares, impulsionada pelo envelhecimento da população e pela diminuição das taxas de natalidade, o que resulta em uma maior demanda por serviços de saúde e assistência social.
Além das residências unipessoais, o levantamento classificou as unidades domésticas em quatro categorias: unissociais, nucleares, estendidas e compostas. A unidade nuclear permanece como a mais prevalente, representando 64,1% dos domicílios. As regiões com maior concentração de lares unipessoais são Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Notavelmente, o aumento de domicílios unipessoais também é significativo entre os jovens, com 52,2% na faixa etária de 18 a 24 anos e 61,4% entre aqueles de 25 a 39 anos.
Adicionalmente, a pesquisa revelou que a participação feminina como responsáveis por domicílios aumentou de 38,7% em 2010 para 49,1% em 2022. A quantidade de lares com cônjuges e filhos caiu de 41,3% para 30,7% no mesmo período. O Censo também registrou um total de 1,3 milhão de óbitos no Brasil entre agosto de 2021 e julho de 2022, com uma maior incidência de mortes masculinas na faixa etária de 15 a 34 anos, frequentemente devido a causas externas. Essas estatísticas indicam mudanças profundas no perfil das famílias brasileiras e nas condições de vida da população.