O Censo 2022, divulgado pelo IBGE, aponta que a porcentagem de lares brasileiros com apenas uma pessoa subiu de 12% em 2010 para 19% em 2022, com o maior crescimento observado na faixa etária de 25 a 39 anos. Nesse grupo, a proporção de pessoas morando sozinhas saltou de 8,3% para 13,4%. A análise também mostra que, entre os indivíduos com 60 anos ou mais, 28,7% vivem sós, refletindo o envelhecimento da população e mudanças culturais, como casamentos mais tardios e a escolha de não se casar.
Além disso, o estudo revela a estrutura familiar predominante no Brasil, com 64,1% dos lares classificados como nucleares. A categoria de lares unipessoais representa 18,9% do total, enquanto a estendida e a composta correspondem a 15,4% e 1,5%, respectivamente. A pesquisa também destaca uma mudança nas dinâmicas familiares: aumentou a proporção de casais sem filhos, que passou de 16,1% para 20,2%, enquanto o número de domicílios com um filho caiu de 49,3% para 37,9%.
Os dados mostram que, em 2022, o Brasil contava com 72 milhões de lares, 15 milhões a mais do que em 2010, e a idade mediana da população subiu de 29 para 35 anos. O número de lares com mulheres como responsáveis aumentou, representando agora metade do total. A diversidade étnica também se destacou, com a população parda superando a branca pela primeira vez, além do crescimento significativo de lares homoafetivos, que saltaram de 59 mil para 391 mil em doze anos.