O Censo Demográfico 2022, divulgado pelo IBGE, revelou que os homens são a maioria (50,9%) entre os responsáveis pelas unidades domésticas no Brasil, com 37 milhões de pessoas, enquanto as mulheres representam 49,1%, totalizando 36 milhões. Esse panorama indica uma mudança significativa em relação a 2010, quando a diferença entre os gêneros era maior. Além disso, a pesquisa destacou que, em dez estados, as mulheres já são mais de 50% entre os responsáveis, com Pernambuco liderando com 53,9%.
O estudo também apontou uma mudança na composição das unidades domésticas. A proporção de lares compostos por um responsável e um cônjuge ou companheiro de sexo diferente caiu de 65,3% em 2010 para 57,5% em 2022, enquanto as uniões homoafetivas cresceram de 0,10% para 0,54%. Em termos raciais, pela primeira vez, a proporção de pardos (43,8%) superou a de brancos (43,5%) entre os responsáveis, refletindo um aumento da diversidade racial na sociedade brasileira.
Além das mudanças nas relações de gênero e raça, o Censo revelou uma tendência crescente de unidades unipessoais, que aumentaram de 12,2% em 2010 para 18,9% em 2022. O estado do Rio de Janeiro apresentou a maior proporção de lares unipessoais, enquanto o Amapá teve a menor. Essas transformações refletem comportamentos familiares em evolução, com mais pessoas vivendo sozinhas e uma diminuição no número médio de habitantes por domicílio, que caiu de 3,3 em 2010 para 2,8 em 2022.