As autoridades de saúde do estado do Rio de Janeiro emitiram um alerta sobre o aumento significativo de casos de coqueluche, contabilizando 230 registros em 21 municípios entre janeiro e outubro de 2024, após dois anos sem notificações. Dentre os casos, três bebês menores de seis meses faleceram na Região Metropolitana, evidenciando a gravidade da situação. A coqueluche, uma infecção respiratória causada por uma bactéria, é caracterizada por uma tosse seca e persistente, que pode durar até seis semanas e resultar em complicações sérias, principalmente em crianças pequenas.
Os principais focos de casos na capital incluem a Barra da Tijuca, com 15 registros, seguida de bairros como Botafogo e Copacabana. Apesar de a taxa de vacinação entre bebês ultrapassar 90%, especialistas ressaltam a importância da imunização para prevenir a doença. As crianças de até seis anos devem receber três doses da vacina pentavalente, um reforço aos 15 meses com a tríplice bacteriana e outro aos quatro anos. A proteção de gestantes também é vital, já que a vacina DTPA pode ser administrada a partir da 20ª semana de gestação.
A preocupação com os bebês menores de seis meses é acentuada, pois são mais vulneráveis a formas graves da coqueluche, que podem incluir dificuldades respiratórias e vômitos. O secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, destacou que a doença, se não tratada, pode ser fatal. Com o aumento de casos, a vacinação e a conscientização da população são fundamentais para o controle da infecção e a proteção das crianças em risco.