Francisco de Assis Pereira, conhecido como Maníaco do Parque, foi preso em 1998 e condenado a mais de 280 anos de prisão por múltiplos assassinatos e crimes violentos. Os corpos de suas vítimas foram encontrados em um parque em São Paulo, levando a uma investigação intensa e à comoção nacional. Após 20 anos de encarceramento, ele está previsto para ser libertado em 2028, uma vez que as leis da época estabeleciam limites de pena para crimes violentos.
A trajetória de Francisco, marcada por uma infância problemática e episódios de violência desde jovem, despertou interesse em análises sobre negligências sociais e institucionais. O autor Ullisses Campbell, que lançou recentemente uma biografia sobre o criminoso, aponta que Francisco apresentava traços de transtornos de personalidade, incluindo psicopatia, mas mesmo assim foi considerado imputável pela Justiça, ou seja, plenamente responsável por suas ações. O caso ressalta a complexidade da relação entre crime, saúde mental e os sistemas de justiça e assistência social.
Com a possibilidade de libertação, o Ministério Público busca um novo exame de sanidade mental para avaliar se Francisco deve ser internado em um hospital psiquiátrico ao invés de ser reintegrado à sociedade. A discussão gira em torno dos riscos que ele pode representar, dado seu histórico de violência e a falta de tratamento adequado durante o encarceramento. O caso continua a levantar questões sobre a responsabilidade criminal e a necessidade de medidas preventivas para proteger a sociedade.