A expectativa é de que o Brasil inicie a produção de carros voadores até 2026, com o protótipo Eve 100, desenvolvido pela Eve Air Mobility, uma empresa vinculada à Embraer. O protótipo, feito de fibra de carbono e alumínio, pesa cerca de 3 toneladas e pode transportar até cinco pessoas. Com a aprovação de um financiamento de R$ 500 milhões pelo BNDES para a construção de uma fábrica em São Paulo, a empresa está avançando na realização de testes, incluindo a avaliação da capacidade de tração e do nível de ruído das hélices.
O Eve 100 apresenta características inovadoras, como o funcionamento elétrico das hélices, que após a decolagem, utilizarão apenas uma para manter o voo. O veículo é projetado para alcançar altitudes de até 3.000 metros e uma autonomia de 100 quilômetros, podendo transportar cargas de 300 a 400 quilos, seja de passageiros ou de bagagens. A expectativa é que ele cause menos ruído do que os helicópteros convencionais, tornando-o mais adequado para pousos em áreas urbanas e em locais sensíveis, como hospitais.
Embora o Brasil tenha projetos avançados, a regulamentação de locais de pouso e decolagem ainda está em discussão em vários países. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) destacou a importância de garantir a segurança do veículo e sua aceitação internacional. Com 3 mil cartas de intenções de compra já registradas, o carro voador brasileiro pode representar uma nova era na mobilidade urbana, alinhando inovação tecnológica e sustentabilidade.