Técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) participaram de uma capacitação para identificar, controlar e combater a monilíase, uma doença causada pelo fungo Moniliophthora roreri, que pode devastar até 70% das plantações de cacau e cupuaçu. O treinamento, promovido pela Caravana Educacional para Identificação de Pragas, reuniu profissionais de diversas localidades, incluindo técnicos de fora do Brasil e representantes do Ministério da Agricultura. O objetivo é evitar a disseminação da praga, especialmente nas regiões onde já foi identificada.
Os sintomas da monilíase incluem a esporulação abundante e o aparecimento de um pó branco que afeta os frutos, deixando-os esbranquiçados e apodrecidos. Especialistas alertam que o ser humano é o principal agente dispersor da doença, podendo transportar os fungos em frutos, sementes e até em roupas e calçados. No Acre, a praga foi identificada exclusivamente nas cidades do Vale do Juruá, onde esforços estão sendo concentrados para evitar sua propagação.
A conscientização da população local é fundamental para o combate à monilíase. Ao reconhecer os sintomas da doença, a comunidade pode colaborar com as instituições de defesa agropecuária, minimizando o risco de contaminação em outras regiões do estado. O governo do Acre, juntamente com o Idaf e outras instituições, está comprometido em implementar medidas eficazes para proteger as plantações de cacau e cupuaçu, essenciais para a economia local.