Técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) estão participando de um treinamento para identificar e combater a Monilíase, uma doença fúngica que pode devastar até 70% das plantações de cacau e cupuaçu. A capacitação é parte da Caravana Educacional para Identificação de Pragas, que reúne profissionais de todo o estado e de outros países, com o objetivo de promover a educação sobre a identificação e prevenção da praga. O diretor técnico do Idaf, Alexandre Fernandes, ressaltou a importância desse treinamento para conter a disseminação da Monilíase antes que cause danos maiores.
A Monilíase, causada pelo fungo Moniliophthora roreri, foi registrada apenas nas cidades do Vale do Juruá, no Acre. Os principais sintomas da doença incluem a presença de um pó branco e esporulação abundante nos frutos afetados, que ficam esbranquiçados e apodrecidos. A principal forma de dispersão da doença é a ação humana, que pode transportar o fungo por meio de frutos, sementes, mudas e até em roupas e calçados. Assim, a orientação à população local é crucial para evitar a propagação da praga.
A conscientização da população sobre os sintomas da Monilíase é fundamental para o controle da doença. Segundo Gustavo Ferreira, representante da Divisão de Defesa Agropecuária do Mapa/AC, o engajamento da comunidade é vital para atuar em conjunto com as instituições de defesa agropecuária, evitando a dispersão da praga para outras regiões do estado. A iniciativa de capacitação busca não apenas educar, mas também estabelecer um sistema colaborativo de vigilância e prevenção contra a Monilíase.