A perda de cabelo é um efeito colateral significativo da quimioterapia, afetando cerca de 65% dos pacientes, especialmente em casos como o câncer de mama, onde a taxa de perda pode chegar a 99,9%. Essa questão é considerada por muitos como o pior efeito colateral do tratamento, a ponto de influenciar decisões sobre a continuidade do mesmo. Para mitigar essa situação, a técnica de resfriamento do couro cabeludo é utilizada, mas implica em longos períodos de tratamento e desconforto.
Recentemente, uma startup irlandesa desenvolveu um capacete chamado Lily, que promete ser uma alternativa mais prática e confortável. O dispositivo utiliza pressão ao invés de resfriamento, permitindo que os pacientes o utilizem logo após as sessões de quimioterapia, sem a necessidade de um período de resfriamento prévio. Estudos iniciais mostram resultados promissores, com aproximadamente 75% dos pacientes mantendo a maior parte de seus cabelos após o tratamento.
A introdução deste novo dispositivo pode transformar a experiência de muitos pacientes em tratamento oncológico. Especialistas ressaltam que preservar o cabelo não só melhora a autoestima, mas também pode ter um impacto positivo no bem-estar emocional e na interação social dos pacientes. A Luminate planeja iniciar ensaios clínicos nos EUA e na Europa, visando uma aprovação regulatória que permita seu lançamento no mercado.