Um levantamento recente revelou que dois vereadores eleitos e dezoito suplentes nas eleições de 2024 estão sendo procurados pela Justiça. Entre os eleitos, um foi condenado por homicídio e outro por dívida de pensão, enquanto os suplentes enfrentam diversas acusações, incluindo estupro e organização criminosa. Esses dados foram obtidos a partir de informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), gerido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A pesquisa identificou que alguns candidatos conseguiram se eleger apesar de condenações prévias. Um dos casos destacados inclui um candidato que, mesmo com um mandado de prisão em aberto por homicídio, conseguiu obter votos suficientes para ser eleito. A situação levanta questões sobre a eficácia dos mecanismos de verificação das candidaturas, uma vez que a Justiça Eleitoral exige certidões negativas apenas do estado onde a candidatura é registrada, permitindo que casos de outras localidades possam ser ignorados.
Além das condenações por crimes, a maioria dos suplentes identificados está sob investigação por dívidas de pensão alimentícia, podendo ser presos a qualquer momento. Apesar da gravidade das acusações, a legislação atual permite que eles mantenham seus cargos, desde que não sejam condenados por crimes que levem à perda do mandato. A situação chama a atenção para a necessidade de uma maior rigorosidade nas normas eleitorais e na fiscalização das candidaturas.