No último debate entre os candidatos ao cargo de prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, as discussões giraram em torno da crise de energia que afeta a cidade desde a passagem de um temporal. Boulos criticou a concessionária Enel, responsabilizando-a pela falta de planejamento e pela má qualidade do serviço prestado, e apresentou propostas para a melhoria da poda de árvores e do atendimento ao público. Nunes, por sua vez, destacou a responsabilidade do governo federal na fiscalização da empresa e questionou a ausência de ações concretas para resolver a situação.
As trocas de acusações entre os candidatos também marcaram o debate, com ambos levantando questões sobre investigações em suas respectivas gestões. Boulos cobrou a abertura do sigilo bancário de Nunes, enquanto este acusou seu oponente de não agir de forma contundente em relação a investigações envolvendo a administração pública. O clima tenso entre os candidatos se desfez momentaneamente quando Nunes e Boulos se cumprimentaram após uma pergunta mais incisiva.
No decorrer do debate, os candidatos também tiveram a oportunidade de apresentar suas propostas em um formato estruturado, incluindo respostas a perguntas de jornalistas. Com apenas uma diferença de 25 mil votos entre eles no primeiro turno, as expectativas para o segundo turno permanecem altas, com pesquisas indicando uma vantagem para Nunes nas intenções de voto. O debate refletiu as preocupações da população em relação à gestão da cidade e a necessidade de soluções eficazes para os problemas enfrentados.