Em um comício realizado em Aurora, Colorado, o candidato republicano à presidência, Donald Trump, intensificou sua retórica anti-imigração, propondo a pena de morte para migrantes que cometerem homicídios contra cidadãos americanos. Durante o evento, que atraiu uma grande multidão de apoiadores, Trump declarou que sua plataforma de campanha se baseia fortemente na segurança pública e na luta contra o que ele descreve como “crimes de migrantes”. Essa abordagem busca capitalizar uma das principais preocupações dos eleitores, que veem a imigração ilegal como uma questão premente.
O discurso de Trump foi marcado por alegações sobre a presença de gangues e crimes associados a migrantes, embora estudos indiquem que imigrantes não cometem crimes em taxas mais altas que cidadãos nativos. Ele prometeu implementar uma “Operação Aurora” para lidar com as gangues, enfatizando sua determinação em restaurar a segurança nas cidades afetadas. Contudo, a narrativa de Trump foi contestada por autoridades locais, que consideram suas afirmações exageradas e destacam a diminuição dos crimes graves em Aurora em comparação com o ano anterior.
A reação da comunidade local foi mista, com alguns moradores expressando preocupações sobre a segurança durante a visita de Trump. Um morador venezuelano lamentou a generalização que associa todos os imigrantes às ações de alguns, ressaltando que nem todos os venezuelanos são criminosos. A controvérsia em torno da atividade de gangues na cidade surgiu em meio a um esforço das autoridades para obrigar proprietários de imóveis a resolver problemas de segurança e manutenção, gerando um debate acirrado sobre a real situação da segurança em Aurora.