O candidato à presidência da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, do Republicanos, está trabalhando para manter a coalizão ampla que foi estabelecida pelo atual presidente, buscando replicar o modelo de blocão que garantiu a reeleição de Arthur Lira. Lira, que conseguiu o apoio de 20 partidos para ser reconduzido, espera que Motta consiga unir diferentes siglas em torno de sua candidatura, apesar da concorrência de outros candidatos que podem dificultar essa união.
Motta tem realizado conversas individuais com deputados para angariar apoio, especialmente nas vésperas do segundo turno das eleições municipais. Ele enfatiza a necessidade de manter os acordos estabelecidos anteriormente com os partidos aliados, destacando que a continuidade dos compromissos sobre lideranças em comissões e no orçamento é crucial para sua candidatura. A expectativa é de que mais parlamentares se juntem a Brasília após o segundo turno, aumentando suas chances de conseguir um apoio mais robusto.
A articulação política de Motta inclui a promessa de governabilidade para diferentes partidos, como o PT, mas ele se mostra cauteloso em relação a pautas que possam alienar aliados, como a anistia a participantes de atos antidemocráticos. O foco parece estar em negociar cargos e funções dentro da Mesa Diretora da Câmara, em vez de comprometer-se com questões que possam gerar divisões. Com um apoio potencialmente forte de Lira, a expectativa é que um anúncio oficial sobre o respaldo à candidatura de Motta ocorra em breve.