A campeã de taekwondo afegã, Marzieh Hamidi, tornou-se alvo de uma onda de ameaças após criticar a equipe masculina de críquete do Afeganistão, alegando que não a representava. Forçada ao exílio em Paris devido à proibição do esporte feminino pelo Talibã, Hamidi tem sido perseguida por mensagens violentas e ameaças de morte, o que a levou a viver sob proteção policial. Em sua nova vida, a atleta se tornou uma defensora dos direitos das mulheres afegãs, clamando por igualdade em um contexto onde o regime do Talibã tem imposto severas restrições à liberdade feminina.
Enquanto homens afegãos competem livremente em eventos internacionais, as mulheres são barradas de participar do esporte, criando um abismo de desigualdade. Outras atletas também enfrentam repressão e discriminação por tentativas de protesto, como a velocista Kimia Yousofi e a dançarina Manizha Talash, que foram punidas por expressar suas reivindicações por direitos humanos básicos. O caso de Hamidi destaca a situação crítica das mulheres no Afeganistão, onde a violência e a opressão estão institucionalizadas.
Com uma investigação em andamento pelas autoridades francesas sobre as ameaças recebidas, Hamidi se recusa a silenciar sua luta, enfatizando a necessidade de visibilidade e força para as mulheres afegãs. Sua resiliência é um símbolo da resistência feminina em face de um regime opressor, enquanto ela continua a chamar a atenção internacional para a situação alarmante dos direitos humanos no Afeganistão.