Os candidatos à prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, investiram juntos mais de R$ 15 milhões em impulsionamento de conteúdo nas redes sociais durante a campanha de 2024. Boulos foi responsável por R$ 8,8 milhões desse total, enquanto Nunes aplicou R$ 6,5 milhões. Nos últimos dias de campanha, entre 17 e 23 de outubro, Boulos gastou R$ 1,2 milhão, destacando vídeos sobre suas propostas, além de um vídeo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recebeu um impulso de R$ 6 a R$ 7 mil. Por outro lado, Nunes utilizou R$ 444 mil em impulsionamento, focando em vídeos que destacavam ações de seu primeiro mandato.
Além do impulsionamento digital, as despesas de campanha também revelam diferenças significativas nas estratégias adotadas pelos candidatos. O impulsionamento representou a segunda maior despesa para Nunes, enquanto para Boulos foi a terceira, ficando atrás de gastos com materiais impressos e serviços prestados. Nunes destinou 12,08% de seu orçamento para a produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, enquanto Boulos focou 12,5% em atividades de militância e mobilização de rua.
O financiamento das campanhas eleitorais no Brasil é realizado com dinheiro público, proveniente do Fundo Eleitoral, cuja quantia foi de R$ 4,9 bilhões em 2024. Os partidos são responsáveis pela distribuição dos recursos entre seus candidatos, respeitando as normas legais. O Psol recebeu R$ 126,8 milhões, enquanto o MDB recebeu R$ 404,6 milhões. As eleições deste domingo (27) marcam o segundo turno em 51 cidades do Brasil, com a contagem de votos em São Paulo sendo acompanhada em tempo real.