O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, não tem planos de acelerar a tramitação de projetos que buscam restringir a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). Embora as propostas tenham sido aprovadas pela Comissão de Constituição e Justiça com apoio significativo, Lira se encontra em Alagoas apoiando aliados e ainda não se manifestou sobre a urgência da votação. Entre as propostas está uma PEC que confere ao Congresso a autoridade para anular decisões do STF que ultrapassem os limites constitucionais.
As discussões sobre essas propostas estão sendo influenciadas pelo calendário eleitoral, uma vez que o segundo turno das eleições municipais está previsto para o final de outubro, o que pode comprometer o quórum necessário para a aprovação de medidas polêmicas. A PEC que restringe decisões individuais dos ministros já recebeu apoio de diversos congressistas e foi aprovada no Senado, mas permaneceu parada na Câmara por vários meses, aguardando uma nova avaliação pela CCJ.
Adicionalmente, a disputa pela presidência da Câmara, com Lira programado para deixar o cargo em 2025, também afeta o ritmo das tramitações. Com os parlamentares mais focados nas negociações políticas para a sucessão, as propostas que visam limitar a atuação do STF podem enfrentar um atraso significativo até que o cenário político se stabilize após as eleições.