O presidente da Câmara dos Deputados anunciou a criação de uma comissão especial para avaliar o projeto de lei que propõe a anistia a presos e condenados em decorrência dos eventos de 8 de janeiro. Essa decisão, que poderá atrasar a tramitação da proposta, exige a definição dos 34 membros da comissão, incluindo presidente e relator, além de um cronograma para as votações. A comissão foi autorizada na noite da última segunda-feira, 28, e sua duração mínima será de 40 sessões.
A expectativa entre os apoiadores da proposta era que o texto fosse aprovado na Comissão de Constituição e Justiça até a quarta-feira, 30. Se isso ocorresse, o projeto seguiria para votação no plenário, antes de ser enviado ao Senado. No entanto, juristas consideram que a redação atual do projeto é ampla e pode oferecer brechas que beneficiariam certos indivíduos. A questão da anistia está sendo abordada em um contexto de complexidade política, o que levanta preocupações sobre sua instrumentalização.
O presidente da Câmara destacou que a discussão sobre a anistia não deve ser utilizada como um elemento de disputa política, especialmente com as eleições da Mesa Diretora se aproximando. Ele enfatizou a importância de um debate aprofundado sobre o tema, garantindo que a comissão especial respeitará todos os ritos e prazos regimentais necessários para a análise da proposta, buscando assim uma condução cuidadosa e transparente do processo legislativo.