A Câmara Constitucional do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela ratificou a decisão da Câmara Eleitoral que validou a proclamação de Nicolás Maduro como vencedor das eleições presidenciais. A decisão, divulgada no site do tribunal, afirma que a Câmara Eleitoral examinou todas as provas necessárias, incluindo uma perícia detalhada, e assegura a integridade dos resultados apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral, o qual é criticado por sua ligação com o partido no poder.
Por outro lado, a decisão da Câmara Eleitoral enfrenta contestações por parte de membros da oposição, como Enrique Márquez, que anunciou a intenção de pedir a anulação da resolução. A oposição, representada pela Plataforma Democrática Unitária, alega que o verdadeiro vencedor foi Edmundo González Urrutia, com base em atas de votação que indicariam que ele recebeu 67% dos votos. Essa contestação se fortalece pela demanda de organizações internacionais e observadores para a publicação dos resultados detalhados, que ainda não foram apresentados.
Enquanto isso, Maduro e seus apoiadores defendem a clareza de sua vitória e planejam iniciar um novo mandato em janeiro, rejeitando as críticas internacionais como uma interferência na soberania do país. A situação política na Venezuela permanece tensa, com a oposição pressionando por maior transparência e a defesa do governo insistindo na legitimidade dos resultados eleitorais.