A Caixa Econômica Federal enfrenta um cenário desafiador no setor de crédito imobiliário, tendo utilizado 85% do orçamento previsto para 2024. Com R$ 75 bilhões destinados ao financiamento, até setembro foram gastos R$ 63,5 bilhões, restando apenas R$ 11,5 bilhões para novos contratos até o final do ano. A escassez de recursos tem levado a negativas para clientes que estavam em fases avançadas de negociação, aumentando a preocupação com a continuidade do financiamento.
A partir de novembro, a instituição implementará novas restrições, limitando o financiamento a imóveis com valor máximo de R$ 1,5 milhão. Além disso, haverá redução nos percentuais de financiamento, passando de 80% para 70% na tabela SAC e de 70% para 50% no sistema Price. O vice-presidente de Finanças e Controladoria da Caixa reconheceu falhas na comunicação nas agências e afirmou que as mudanças têm como objetivo manter as taxas de juros e atender à demanda crescente por financiamentos.
Clientes têm relatado dificuldades para finalizar contratos, enfrentando a falta de recursos nas agências, mesmo após a confirmação das taxas de juros. A situação se agrava com o aumento das exigências de serviços adicionais para a continuidade dos financiamentos, com muitos clientes preocupados com as novas regras que entrarão em vigor. O vice-presidente também destacou a possibilidade de desinformação entre correspondentes bancários, enfatizando que a Caixa não comercializa serviços, mas requer avaliações no momento da assinatura dos contratos.