O café não filtrado contém uma substância chamada cafestol, que pode elevar os níveis de LDL, conhecido como colesterol ruim. A forma de preparo do café é crucial: enquanto o café filtrado remove a maior parte do cafestol, preparações como o café turco, expresso e francês mantêm quantidades significativas dessa molécula. Especialistas alertam que indivíduos com colesterol elevado devem evitar o consumo de cafés não filtrados, uma vez que a ingestão contínua pode interferir na regulação hepática e, consequentemente, aumentar os riscos de doenças cardiovasculares.
O cafestol é uma molécula lipossolúvel que age inibindo os receptores de colesterol no fígado, resultando em um efeito dose-dependente: quanto maior a ingestão de cafestol, maior a influência sobre os níveis de colesterol no sangue. Embora a preocupação se concentre principalmente em pessoas com colesterol elevado, pesquisas sugerem que, para a maioria das pessoas saudáveis, o consumo moderado de café, mesmo não filtrado, não leva a alterações significativas nos níveis de colesterol.
Apesar dos potenciais riscos associados ao cafestol, os especialistas ressaltam que o café possui muitos benefícios à saúde, como o estímulo do sistema digestivo e efeitos antioxidantes. O consumo responsável, limitado a 6 a 10 xícaras de café não filtrado por dia, é necessário para que a substância tenha um impacto negativo. Assim, a recomendação para aqueles com colesterol alto é optar sempre pelo café filtrado, garantindo uma bebida saborosa sem comprometer a saúde.