O café no Brasil é uma bebida amplamente consumida, sendo a segunda preferida entre os brasileiros, perdendo apenas para a água. Os tipos de café são classificados de acordo com seu sabor e qualidade, com o café especial sendo o mais distinto. Para ser considerado especial, ele deve ser feito apenas com grãos de frutos maduros e sem impurezas. Já os cafés extraforte e tradicional, embora também utilizem grãos maduros, podem conter sementes de frutos que não estavam em seu ponto ideal de maturação. A legislação brasileira exige que os cafés tenham menos de 1% de impurezas, garantindo uma qualidade mínima.
A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) e a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) são as principais instituições responsáveis pela certificação dos cafés. A Abic classifica os cafés em diferentes categorias, como extraforte, tradicional, superior, gourmet e especial, através de uma avaliação sensorial que considera fatores como aroma, acidez e amargor. O café especial, por sua vez, passa por uma análise rigorosa que inclui testes laboratoriais para garantir a ausência de defeitos nos grãos, além de uma avaliação sensorial que deve resultar em uma pontuação acima de 80.
Os cafés são também diferenciados pelo perfil de sabor, que varia entre os tipos. Os cafés especiais são mais suaves e doces, enquanto os extrafortes e tradicionais são mais amargos devido ao método de torra utilizado. Os cafés gourmet e superior ocupam uma posição intermediária. A complexidade do sabor aumenta conforme a pontuação dos cafés, sendo que aqueles acima de 90 pontos apresentam características únicas. Essa diversidade de tipos e classificações ajuda a explicar a reputação do café brasileiro no mercado internacional.