A partir de hoje, a Brigada Militar do Rio Grande do Sul implementou o uso de câmeras corporais, com Porto Alegre sendo a primeira cidade a receber os novos equipamentos. Durante a inauguração do novo Centro de Operações da Polícia Militar, o governador Eduardo Leite anunciou um investimento de R$ 13,7 milhões para a aquisição de 1.000 câmeras e mil armas não letais. As câmeras permitirão a gravação ininterrupta de imagens, que serão transmitidas em tempo real para a sala de operações, garantindo maior transparência e segurança durante as ações policiais.
As câmeras, em seu primeiro lote de 300 unidades, são programadas para gravar em baixa resolução, mas podem ser acionadas para capturar imagens e áudio em alta qualidade mediante um comando. O objetivo é fornecer aos policiais ferramentas que ajudem a registrar o contexto de suas ações, proporcionando segurança tanto para os agentes quanto para o público. O projeto também servirá para o treinamento de novos policiais até o final do ano, e a Brigada Militar pretende expandir o uso para todos os batalhões da capital.
Enquanto outros estados, especialmente no Norte e Nordeste do Brasil, demonstram interesse em adotar essa tecnologia, a Polícia Militar de Santa Catarina suspendeu o uso de câmeras corporais, buscando alternativas mais eficientes. Em São Paulo, a introdução de câmeras com função liga e desliga gerou controvérsias, com críticas sobre a autonomia dos policiais para ativá-las. A nova diretriz do Ministério da Justiça e Segurança Pública estabelece regras para o uso das câmeras, visando garantir a eficácia e o respeito aos direitos fundamentais nas ações policiais.