Os países do Brics anunciaram a criação de uma nova categoria de associação ao bloco, denominada Países Parceiros do Brics, durante a 16ª cúpula realizada em Kazan. Neste encontro, a lista de 13 países potenciais para essa nova categoria foi divulgada, mas a Venezuela não foi incluída, apesar das tentativas do governo local de se juntar ao grupo. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou que a discussão sobre a adesão da Venezuela não foi explicitamente abordada entre os líderes, embora relatos de bastidores indiquem objeções do Brasil ao ingresso do país.
Os líderes do Brics discutiram critérios e princípios para a futura ampliação do bloco, e o Brasil manifestou preferência pela inclusão de dez novos associados. A declaração final da cúpula não divulgou a lista de países candidatos, mas a Arábia Saudita e a Argentina, sob novos governos, ainda não confirmaram suas adesões formais. Moscou, que desempenha um papel ativo nas discussões, buscará iniciar conversas com os países candidatos, aproveitando o cenário internacional atual para fortalecer a posição da Rússia.
Durante o encontro, os líderes destacaram a importância do equilíbrio na representação regional e a necessidade de alinhamento com agendas de reforma da governança global. O Brasil, enquanto membro ativo do Brics, se posiciona a favor da cooperação e do desenvolvimento do interesse nacional, enfatizando que sua participação no bloco não deve ser vista como um movimento hostil ao Ocidente. A consulta entre os países será fundamental para a definição do número de novos associados e para evitar desgastes nas relações diplomáticas.