A reunião dos países membros do Brics e outros convidados em Kazan, Rússia, nesta quinta-feira (24), foi marcada por discussões sobre a situação da Faixa de Gaza e a necessidade de maior representação dos países da Ásia, África e América do Sul em fóruns internacionais. O presidente da China destacou a importância da ascensão coletiva do Sul Global, enfatizando que, apesar dos desafios, esses países devem assumir um papel ativo na reforma da governança econômica global. A promoção de um cessar-fogo abrangente e a solução de dois Estados foram pontos centrais nas falas sobre o conflito em Gaza.
Os representantes de 36 países, incluindo a participação de organizações internacionais, abordaram a transição para uma ordem mundial mais equitativa. O presidente da Rússia mencionou a necessidade de um Estado palestino independente e a correção das injustiças históricas como fundamentais para a paz no Oriente Médio. Além disso, enfatizou a importância de reformar as estruturas financeiras globais para refletir adequadamente o peso crescente dos países em desenvolvimento na economia mundial.
O secretário-geral da ONU reiterou a falência do sistema financeiro atual em atender os países mais vulneráveis e pediu a reestruturação das dívidas dessas nações. Ele também defendeu um cessar-fogo imediato em Gaza, ressaltando a necessidade de assistência humanitária eficaz e progressos na solução do conflito. A cúpula evidenciou um clamor por uma ação coletiva e uma maior colaboração internacional para enfrentar os desafios globais contemporâneos.