O analista político Caio Junqueira comentou a percepção do Brasil em relação ao Brics, destacando que a diplomacia brasileira não considera o bloco como uma aliança militar. Em vez disso, Junqueira enfatizou que o Brics é visto como uma entidade econômica que proporciona ao Brasil maior autonomia em relação ao Ocidente, permitindo que o país se posicione de forma independente sem ser classificado como antiocidental.
Além disso, Junqueira abordou a recente expansão do grupo, que está considerando a inclusão de 12 novos países, incluindo Bolívia e Cuba, apoiados pelo Brasil. Essa expansão reflete um alinhamento do governo brasileiro com esses países, destacando a influência crescente do bloco no cenário global. O analista também mencionou a exclusão da Venezuela como uma vitória diplomática brasileira, indicando que sua não inclusão se deve à falta de colaboração da Venezuela com o governo brasileiro.
A análise de Junqueira aponta para um crescente interesse global no Brics e sua relevância econômica, com a possibilidade de integrar países como Belarus, Indonésia e Turquia. Essa movimentação evidencia o desejo do bloco de moldar uma nova governança global, refletindo a mudança nas dinâmicas de poder e a busca por uma maior representatividade nas instituições internacionais.