O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, expressou que o Brasil não apoia a entrada da Venezuela no Brics, embora considere a adesão de países estratégicos ao grupo como positiva para um mundo mais multipolar e pacífico. Durante uma reunião em Kazan, na Rússia, o Brics discutirá a criação de uma categoria para países parceiros, com cerca de 30 nações interessadas em se juntar ao bloco, incluindo Venezuela, Nicarágua e Turquia. Amorim destacou que a inclusão de determinados países, como a Turquia, poderia contribuir para a estabilidade internacional.
Amorim também deixou claro que a Nicarágua não é vista como uma opção viável para o Brics, especialmente após tensões diplomáticas entre os dois países. As relações se deterioraram quando o governo nicaraguense expulsou o embaixador brasileiro em resposta à ausência do Brasil nas celebrações de um marco histórico. Em reciprocidade, o Brasil decidiu expulsar a embaixadora nicaraguense em Brasília, sinalizando uma posição firme em relação a essa situação.
Fontes diplomáticas indicam que, neste momento, as discussões dentro do Brics focam em quais países atendem aos critérios desejados para a formação do bloco. Embora a entrada de países como a Turquia seja considerada potencialmente benéfica, a entrada da Venezuela e da Nicarágua foi recebida com ceticismo, refletindo uma estratégia mais ampla do Brasil para moldar o futuro do grupo em um cenário internacional dinâmico.