A 16ª Cúpula do BRICS, realizada em Kazan, na Rússia, resultou na exclusão da Venezuela e da Nicarágua como novos parceiros do bloco, apesar dos esforços dos líderes russos e chineses para incluir essas nações. O veto veio do Brasil, que apontou desentendimentos recentes com os governos de Daniel Ortega e Nicolás Maduro como razões para essa decisão. Embora Maduro tenha participado da cúpula, sua presença não conseguiu mudar a postura do governo brasileiro, que já mantinha um veto anterior contra a Venezuela desde a administração de Jair Bolsonaro.
O encontro teve como foco a determinação do BRICS em se opor a sanções ilegais e reforçar uma agenda de reforma da governança global. Entre os países aceitos como potenciais parceiros estão aqueles que possuem rivalidades com os Estados Unidos, como Cuba e Bolívia, além da Bielorrússia. O Brasil, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reiterou a importância do consenso entre os membros para a adesão de novas nações, uma condição que, no caso da Venezuela, não foi atendida.
Além das discussões políticas, a cúpula abordou questões econômicas, como a criação de um sistema de pagamentos e a busca por uma moeda única entre os países do BRICS. O presidente russo destacou a necessidade de desenvolver mecanismos de transações que minimizem a dependência do dólar americano. Com a proposta de uma nova moeda, referida como R5, os líderes buscaram aumentar a cooperação financeira e comercial entre os países membros, visando um comércio mais ágil e menos custoso.