O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o Brasil pode obter o grau de investimento, um selo de bom pagador da dívida pública, até 2026, sob a atual administração. A afirmação foi feita após a agência de classificação de risco Moody’s elevar a nota da dívida brasileira de Ba2 para Ba1, colocando o país a um nível do grau de investimento. Contudo, as agências Fitch e S&P Global continuam a classificar o Brasil dois níveis abaixo desse selo.
Haddad enfatizou que o aumento da receita pública e o reequilíbrio das contas são essenciais para a redução dos juros sobre a dívida e para a recuperação do grau de investimento, perdido em 2015. Ele destacou a importância de um ajuste fiscal e monetário contínuo, que poderia estabilizar a relação entre dívida e PIB, após anos de desequilíbrio fiscal. O ministro acredita que os esforços realizados pela equipe econômica nos últimos dois anos estão alinhados com a melhoria da nota creditícia do país.
A decisão da Moody’s, que ocorreu após uma reunião em Nova York entre Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes das principais agências de classificação de risco, foi atribuída ao crescimento robusto do PIB e às reformas econômicas recentes, como a reforma tributária. Além disso, o plano de transição energética do Brasil foi mencionado como um fator que pode atrair investimentos privados e mitigar a vulnerabilidade a choques climáticos.