O Líbano tem enfrentado intensos ataques aéreos de Israel desde o dia 20 de setembro, que se intensificaram com ações terrestres nesta semana. A situação se agravou, levando muitos libaneses e brasileiros residentes no país a buscar abrigo em lugares mais seguros. Romilda Hbbas, uma brasileira que fugiu de sua casa em Haret Hareik, relata a dificuldade de viver em meio ao barulho constante de explosões e expressa preocupação com a segurança de sua família. Com a situação crítica em Beirute, ela apela ao governo brasileiro por uma repatriação urgente.
A cirurgiã-dentista Hiam Saleh e outras brasileiras também estão desesperadas para retornar ao Brasil. Hiam, que mora perto da fronteira com a Síria, menciona que muitos já fugiram para o país vizinho, e descreve a experiência como uma tortura psicológica devido aos constantes sons de explosões e sirenes de ambulâncias. A situação nas ruas de Beirute se torna cada vez mais alarmante, com pessoas doentes e desabrigadas necessitando de ajuda, e a pressão aumenta para que o governo brasileiro acelere os esforços de repatriação.
Em resposta à crise, o governo brasileiro anunciou que iniciará a operação de repatriação nesta quarta-feira, com um voo da força aérea partindo do Rio de Janeiro em direção a Beirute. Este primeiro voo deve transportar cerca de 220 brasileiros, enquanto cerca de três mil manifestaram interesse em deixar o Líbano. Com as condições se deteriorando rapidamente, as famílias vivem momentos de grande tensão e medo, ansiosas por um retorno seguro ao Brasil.