O Brasil gera aproximadamente 80 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos anualmente, resultando em uma média de 380 quilos de lixo por habitante. Apesar da determinação legal que proíbe a poluição, apenas 1.700 municípios possuem aterros sanitários adequados, enquanto cerca de três mil lixões, que não oferecem tratamento apropriado aos resíduos, estão espalhados pelo país. Esses dados, provenientes da Abrema, destacam a gravidade da situação e a necessidade de uma gestão mais eficaz dos resíduos.
Na região norte, particularmente em Manaus, a problemática se intensifica. A cidade conta com apenas um aterro sanitário controlado, cuja operação foi prorrogada até 2028 por decisão judicial, gerando desconforto para os moradores locais, que relatam problemas como a presença excessiva de moscas durante o verão. A falta de resposta da prefeitura às queixas reforça a preocupação com a saúde pública e a qualidade de vida da população.
Especialistas afirmam que o tratamento adequado dos resíduos é essencial para mitigar os impactos ambientais e melhorar as condições de vida. Com eventos como a reunião do G20 e a próxima COP30 em 2025, que trarão à tona discussões sobre resíduos sólidos e economia circular, há uma expectativa de que o Brasil avance em sua transição de uma economia linear para uma economia circular, proporcionando assim um futuro mais sustentável.