O Brasil se encontra em uma delicada armadilha fiscal, caracterizada por uma alta carga tributária similar à de países desenvolvidos, mas com um equilíbrio fiscal deficiente. O governo arrecada consideráveis recursos, mas não consegue controlar suas despesas, o que ressalta a necessidade urgente de reformas na gestão pública. O aumento das despesas obrigatórias, atreladas ao salário mínimo, pressiona o orçamento, criando um cenário insustentável, descrito como uma “bomba-relógio fiscal”.
Além disso, o impacto do salário mínimo sobre o mercado de trabalho é alarmante, especialmente para a população mais vulnerável. Ao fixar o salário mínimo acima da produtividade, o governo limita a inclusão de trabalhadores menos qualificados no mercado formal. Dados mostram que apenas uma pequena fração dos mais pobres está empregada, o que demanda uma atenção prioritária. Essas distorções são reflexo de um sistema tributário injusto, que favorece os mais ricos e onera os de baixa renda com uma tributação regressiva.
As reformas implementadas, como a da Previdência, foram passos importantes, mas podem ser comprometidas se não houver mudanças na política de aumentos do salário mínimo e uma revisão dos gastos públicos. Sem reformas profundas e corajosas, o Brasil permanecerá preso em um ciclo de altos impostos e desequilíbrio fiscal, prejudicando a economia e impedindo seu progresso.