O Brasil é destacado como o segundo país com mais ataques cibernéticos no mundo, registrando mais de 700 milhões de incidentes em um ano, o que equivale a 1.379 ataques por minuto. Especialistas em cibersegurança alertam para a crescente sofisticação das ameaças, impulsionadas pelo avanço da inteligência artificial. Chelsea Jarvie, especialista escocesa, enfatiza que a proteção contra esses ataques não deve depender apenas de tecnologias modernas, mas também da capacitação e conscientização dos usuários.
A falta de preparação e a complexidade dos sistemas de segurança são apontadas como desafios críticos. Jarvie sugere que empresas adotem processos e campanhas que integrem a segurança no cotidiano dos colaboradores, além de treinamentos que ajudem a reconhecer e evitar armadilhas como o vishing, um tipo de golpe que usa recursos de voz para enganar as vítimas. O uso de tecnologias pode, paradoxalmente, aumentar a vulnerabilidade das organizações, facilitando fraudes em escala.
De acordo com o relatório da IBM, o custo médio de uma violação de dados no Brasil é de R$ 6,75 milhões, com ataques de phishing representando os casos mais frequentes, resultando em perdas de R$ 7,75 milhões por incidente. O estudo ressalta a importância de uma abordagem que não apenas priorize a tecnologia, mas também invista na resiliência cibernética através da formação humana, essencial para mitigar os riscos apresentados por atacantes cada vez mais habilidosos.