O governo da Venezuela acusou o Brasil de ter vetado sua adesão ao Brics, considerando o ato uma agressão à sua soberania. Em resposta, o Itamaraty afirmou que o grupo apenas definiu critérios para novas adesões e que a exclusão da Venezuela se deu pela falta de alinhamento com os princípios estabelecidos. Recentemente, a cúpula do Brics em Kazan, Rússia, decidiu convidar outros países da América Latina, como Cuba e Bolívia, enquanto a Venezuela não foi incluída na lista.
A relação entre Brasil e Venezuela se deteriorou especialmente após a reeleição do presidente Nicolás Maduro, em uma eleição contestada por vários países, incluindo o Brasil. Durante uma coletiva de imprensa, o presidente russo expressou seu respeito pela posição brasileira, embora não concordasse com ela, e manifestou esperança de que as relações bilaterais se estabilizassem. Putin elogiou o presidente brasileiro, sugerindo que a discussão da situação poderia ser abordada de forma objetiva.
O Itamaraty destacou que a seleção de novos membros do Brics é pautada por critérios que incluem a defesa de reformas na ONU e a manutenção de relações amistosas entre os países. Especialistas ressaltam que a ausência de uma relação amigável entre Brasil e Venezuela é um fator crucial para a exclusão do país caribenho do bloco. Além disso, as tensões recentes entre Brasil e Nicarágua, que também expressou interesse em integrar o Brics, evidenciam a complexidade do cenário diplomático na região.